Apresentação

Olá, meu nome é Carmen Costa, sou médica, especializada em Pediatria, Neonatologia e Imunoalergologia. Durante a minha formação médica e atividade profissional pude observar que um paciente bem informado é de grande valia para uma boa orientação clínica. Desta forma, como a relação médico- paciente ao meu ver é um caminho que apresenta duas vias decidi construir este blog, no sentido de divulgar informação e por conseguinte exercer uma melhor prática médica.

domingo, 18 de março de 2012

Deixar Chorar Até Dormir? Sim ou Não?

   Existem muitas opiniões sobre este assunto, vários livros de especialistas em sono, diversos sites na net, muitos conselhos de amigos e avós, mas todos parecem inúteis às 4 da manhã quando estamos extremamente cansados e com o problema em nossas mãos e não sabemos o que fazer.
   Esta pergunta me é colocada  todas as semanas no consultório e sei como é difícil resolver esta situação.    
    Não há fórmula mágica que resulte igual para todas as crianças. As crianças não são todas iguais, o nível de tolerância delas e de seus pais também não. A necessidade de sono no que diz respeito a quantidade (horas) é individual, o ciclo do sono da criança só vai estar mais estabelecido por volta dos 2 a 3 anos, isto dificulta a implementação destas teorias do sono a todos os bebês indiscriminadamente.

Teorias

  Richard Ferber (Harvard Medical School) e Eduard Estivill (Barcelona-Institut Dexeus) são os especialistas que utilizam a técnica do choro controlado, conhecida também como espera progressiva ou extinção gradual. Nesta técnica a criança é deixada acordada no berço quando o choro começa espera-se uns minutos para entrar no quarto e tranquilizar o bebê ( sem pegar no colo) e depois sai novamente. A espera da criança vai progressivamente aumentando.

  O maior problema desta técnica é o estresse que isto provoca tanto nos pais como nas crianças. As crianças podem ficar extremamente irritadas e isto também irrita os pais, não é de muito fácil execução tem que estar muito confiante que quer executar esta técnica desta forma, para não transmitir o estresse para o bebê que já está suficientemente irritado com a situação.
  William Sears(Universidade da Califórnia) preconiza a execução de métodos completamente diferentes, inclusive sendo favorável ao que a maioria dos pediatras é contra que é dormir com o bebê.
  Observamos assim que teorias existem muitas, verdades absolutas não. Cada criança deve e terá que ser abordada de maneira individual, para que não se sinta abandonada e frustrada com esta situação. Os adultos por outro lado não podem esquecer que não poderão evitar que a criança se sinta frustrada sempre pois este sentimento faz parte da vida e é bom que a criança aprenda a lidar com ele e que consequentemente ganhe mais autonomia e segurança.

1 comentário:

  1. Muitos Parabéns!

    Agora, quando a recomendar a alguém posso apresenta-la um pouco melhor!
    Vai ser, com toda certeza, uma enorme ajuda para quem inicia uma vida partilhada com um novo ser e continuadamente útil, para casos como o meu.
    Com uma prol de três herdeiros experiência nestas lides não nos faltam mas, nas que estão por vir sabemos a quem recorrer!

    Continuação de um excelente trabalho!!!

    Família Pereirinha

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